terça-feira, 3 de abril de 2012

Tratamentos estéticos ajudam a reduzir melasmas

Manchas no rosto podem ser sinais do melasma. Problema ainda não tem cura.
Foto: Shutterstock/Terra

Manchas escuras amarronzadas, principalmente nas bochechas, testa e nariz, podem aparecer não apenas em consequência da exposição excessiva ao sol, mas também devido à produção excessiva de melanina, responsável pela formação de melasma.
Apesar do problema aparecer em indivíduos já predispostos geneticamente, sua causa exata ainda é desconhecida. O que se verificou até agora é que este tipo de mancha atinge principalmente mulheres (em 90% dos casos), a maioria de etnia hispânica, asiática e africana.
"Ultimamente observou-se que até as lâmpadas comuns emitem luzes capazes de estimular a síntese de melanina", explica Fábio Roismann, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Além das áreas do rosto, o médico explica que antebraços e o colo também podem apresentar as manchas, já que são constantemente expostas às radiações ultravioletas.
Antes de definir qual a melhor forma de tratamento, Roismann diz que é importante informar ao paciente todos os detalhes sobre o problema. O primeiro deles é que o melasma dificilmente é removido. "Os pacientes ficam ansiosos para remover as manchas devido ao impacto que elas causam na autoestima deles. Mas esse é um quadro de difícil tratamento, que deve ser realizado de forma continua."
Vale lembrar que as pessoas de pele extremamente sensível à luz são mais suscetíveis a desenvolverem o problema. Portanto, mesmo após dar início ao tratamento para clarear as áreas do rosto manchadas, a sensibilidade à essa exposição continua.
Tratamento
Para amenizar o problema, os métodos de tratamento estéticos podem dar boas respostas. Mas, a definição do melhor método, que pode incluir a ingestão de medicamentos, depende de uma avaliação médica. "Analisamos o quadro geral do paciente, bem como a profundidade da mancha, o local onde ela nasceu, se há outros fatores além do melasma", comenta Roismann.
Um dos métodos mais conhecidos de tratamento para melasma é o peeling. Com o objetivo de uniformizar e clarear a pele, essa técnica possui solução desengordurante, de ácidos e máscara de ativos clareadores. O procedimento pode durar entre quatro e cinco horas, explica Eveline Sebba, dermatologista da rede Onodera.
"A paciente pode sentir um leve ardor na hora da aplicação, descamação da pele e eritema nos dias seguintes à aplicação, mas o procedimento é totalmente indolor." Em média são realizadas entre quatro e seis sessões, que podem ser semanais, quinzenais ou mensais, dependendo do caso.
"Os lasers e as luzes têm sido outras opções para diminuir esses tipos de manchas. Mas, por causa dos efeitos colaterais, como o risco de piora no aparecimento de melasmas, esses métodos ainda não têm a mesma aderência dos pacientes, isto se levarmos em consideração os outros meios disponíveis no mercado", ressalta Eveline.
Independente da escolha do tratamento, o paciente deve sempre aplicar o filtro solar no rosto e no restante do corpo até três vezes ao dia. Isto porque, as pessoas que desenvolvem este problema, geralmente têm sensibilidade à luz, e assim, a falta de proteção na pele pode levar ao surgimento de novas manchas.


*Dr. Fábio RoismannTimoner- CRM 70776-SP
Agência Hélice,
Especial para o Terra


Fonte: Terra

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